O ayurveda – termo que vem do sânscrito e significa “ciência da vida” – é o mais antigo sistema de saúde de que se tem notícia. Com cerca de 5 mil anos de história, sua origem remonta ao território onde hoje ficam a Índia e o Paquistão.Para entendê-lo, é preciso deixar de lado os conceitos da medicina ocidental de saúde, doença e cura.
Esqueça as especialidades médicas e o uso isolado de remédios. O foco do ayurveda não é apenas o vigor físico, mas a harmonia entre corpo, mente e alma – e olha que a ciência tradicional já colheu evidências de alguns dos seus benefícios. O propósito desse sistema é manter o equilíbrio do indivíduo consigo mesmo, com a natureza e com os outros seres. Só assim seria possível estar realmente saudável – e feliz.
A nutrição ocidental parte de um ponto coletivista, no qual a alimentação de certo indivíduo pode vir a ser aplicada a outros, esta concepção transfigura-se em uma visão generalizada da sociedade, em que a população é vista como um único ser. Tal conceito implica numa padronização a respeito da alimentação, logo, os alimentos passam a ser diferenciados em duas classificações sendo elas benéficas e maléficas, deixando a desejar o respeito pela individualidade de cada ser. Entretanto, no Ayurveda partimos de uma vertente individualista, na qual se cria a concepção de que cada indivíduo possui um funcionamento metabólico específico. Pode-se afirmar que a nutrição quando equilibrada e em harmonia com o metabolismo individual dispõem de um caráter preventivo e terapêutico. Segundo os estudos voltados para o Ayurveda, admite-se que o nosso corpo é fruto da composição de cinco elementos da natureza, sendo eles: éter (espaço), ar, fogo, água e terra. A combinação destes elementos sutis denominam-se “doshas” (Prakritti) e eles detêm extrema importância neste âmbito medicinal, pois, tornam-se os responsáveis por determinarem as características que constituem o nosso ser, tanto fisicamente como mentalmente e emocionalmente. Por conseguinte, a alimentação Ayurvédica usufrui de preparações culinárias específicas, como exemplo, a utilização de especiarias e fitoterapia, que conjuntamente proporcionam uma drástica melhora na digestão e um aproveitamento eficaz dos nutrientes. Essas especiarias, além de melhorarem o paladar e atuarem na digestão, são ricas em compostos anti-inflamatórios e antioxidantes trazendo benefícios para a saúde em geral, levando sempre em consideração a individualidade de cada ser humano.